Veja o que se sabe sobre acidente que deixou 2 mortos após explosão de avião em aeroporto privado de Cuiabá

Imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que a aeronave aparece já em queda e tentando pousar de volta na pista, quando perde o controle e avança em direção às obras de um terminal de passageiros no local, ao lado do hangar. Poucos segundos depois acontece a explosão.

O piloto do bimotor não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. Os bombeiros tiveram dificuldade para desencarcerar o corpo dele junto às ferragens do avião. A vítima foi identificada como Fernando Kawahata Barreto, de 42 anos.

Ele era um piloto experiente e costumava publicar vídeos em que mostrava a rotina de voos em um canal nas redes sociais. Ele deixa esposa e dois filhos.

O Grupo de Aviadores Carcará, do qual Fernando fazia parte, lamentou a morte do colega nas redes sociais. “Quando um sai da rota, todos sentem”, disseram.

A segunda vítima era um funcionário, de 58 anos, que trabalhava nas obras de um terminal de passageiros no aeroporto da empresa agrícola. Ele foi atingido pelo avião e ficou preso às ferragens. A identidade dele não foi divulgada.

Já os dois sobreviventes estavam a bordo e são irmãos, agricultores rurais e proprietários da aeronave que caiu. Eles vieram de Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá.

Segundo a Polícia Civil, os dois conseguiram sair do avião porque a porta ficou sobre um buraco que foi aberto devido às obras no local, o que facilitou a saída deles.

Não há informação a respeito do que levou o avião a cair. Uma investigação foi aberta pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), da Força Aérea Brasileira (FAB), para esclarecer a causa da queda.

O delegado da Polícia Civil Marcos Lira disse ao g1 que investiga a hipótese de falha motora, negligência ou questão de saúde que possa ter afetado o piloto. Contudo, ele ressaltou que esse detalhe sobre a queda do avião somente o Seripa irá confirmar.

A delegacia abriu inquérito envolvendo as mortes no acidente. Para isso, o delegado disse que pretende ouvir o relato dos sobreviventes para entender a dinâmica do ocorrido.

“Não ouvimos eles ainda porque estão em recuperação médica, mas vamos ouvi-los no curso da investigação”, afirmou.

A empresa responsável pelo aeroporto, o grupo Bom Futuro, informou que o avião não era da propriedade e que presta serviços de pouso e manutenção de aeronaves.

O grupo ainda lamentou o acidente e disse que colabora com as autoridades, que investigam o caso.

G1